domingo, 25 de março de 2012

O que foi o Ato de Navegação?


O Ato de Navegação foi uma lei feita pela Inglaterra no ano de 1651, falava que as mercadorias importadas pelos países europeus só poderiam chegar a seus respectivos portos se fosse por navios ingleses ou do país onde foram produzidas, resultando no poderio da Inglaterra sobre o comércio marítimo.

A história



A assinatura dos "Atos de Navegação" contribuiu decisivamente para esse crescimento económico, impulsionando o capitalismo inglês, ao favorecer a indústria naval e aburguesia mercantil. Constituiu-se em uma das mais importantes atitudes políticas tomadas pelo governo puritano de Cromwell, que havia derrubado a Monarquia em 1649 e que transformou a Inglaterra numa república ditatorial por cerca de dez anos.
Posteriormente, em 1652, especificou-se que o capitão e, pelo menos, três quartos da tripulação dos navios, deveriam ser britânicos. Esta lei provocou uma forte reação dos Países Baixos, que até então obtinham grandes lucros com o comércio marítimo inglês. Em consequência, os dois países mergulharam nas Guerras Anglo-Holandesas que terminou em com a vitória da Inglaterra (1654), marcando o início efetivo da hegemonia marítima britânica.

Descobrindo um pouco mais...


O Ato de Navegação foi abandonado nas primeiras décadas do século XIX, quando a proeminência naval da Grã-Bretanha os tornou obsoletos. Entretanto, em sua origem, junto com o Calvinismo, a política dos "cercamentos", a Revolução Gloriosa, e a presença de abundantes recursos naturais (carvão e ferro), foi um dos elementos que contribuíram para o pioneirismo inglês na Revolução Industrial, durante a segunda metade do século XVIII.